quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A nudez do oportunismo

Navegava eu pela Internet e me deparo com a seguinte manchete: “Playboy com ex de Richarlyson nas bancas”, e um questionamento passa a martelar na minha cabeça: E daí? Quem é essa?

Em poucos momentos minhas indagações vão além disso e passo a refletir sobre a questão do nu feminino nas revistas e quem são aqueles que decidem qual é a gostosa da vez.

Não quero aqui levantar nenhuma bandeira feminista ou algo do gênero, muito menos questionar a beleza da moça, quero simplesmente pensar sobre o que vem acontecendo de uns anos pra cá no mercado editorial do nu (dito) artístico no Brasil.

Lembro que antes as edições da revista Playboy eram artigos de colecionador, com mulheres que habitavam o imaginário masculino e a admiração de muitas mulheres. Expoentes da beleza nacional, como Maitê Proença, Betty Faria, Sônia Braga, Luiza Brunet, Vera Fisher, entre algumas, estampavam as capas da revista com seus corpos nada siliconados e sem nenhum retoque de photoshop, mostrando realmente a beleza bonita de ser vista e admirada por metade da nação, e o que vemos agora? Ex- participantes de BBB, atrizes nada representativas à dramaturgia nacional, dançarinas ora de máscara, ora sem, segurando o tchan ou não, namoradas de pseudo-famosos e até jornalista ex-amante de senador; aquelas que sempre indagamos: "Famosas quem?"

Agora pergunto: O que mudou? E eu mesma respondo: O oportunismo é a palavra do novo século.

O que vemos agora nas capas de revistas de mulher pelada são moças que enxergaram no ato de ficar despida na frente de uma câmera uma chance de fazer seu pezinho de meia.

Não as estou condenando por isso, pelo contrário. Elas tiveram seus 15 minutos de fama e foram inteligentes a tal ponto de ver que a oportunidade de encher suas burras de dinheiro era aquela, e em pouco tempo voltaram a serem meras anônimas, como se nada tivesse acontecido, mas com a conta-corrente bem recheada.

Não podemos nos esquecer dos seres mais oportunistas dessa cadeia: os editores. Sempre espertos, eles perceberam a volúpia volátil do homem brasileiro e se aproveitaram disso pra vender suas revistas, quase sempre, sem conteúdo.

Um comentário:

André Henriques disse...

A diferença é que antigamente se tinha mais pessoas de qualidade conhecidas, o que acontece é que essa mulherada se aposentou e já tá véinha! hehehehe... As novas atrizes ou cantoras não são tão talentosas, mas têm um baita corpo. As que são talentosas e têm um baita corpo preferem não fazer esse tipo de trabalho. Vide Ivete.

É que o caso da moça aí da capa é um caso engraçado mesmo. Tá na cara que essa foi oportunista e só pegou o barco num esquema bem arranjado. Como o namoro dela com o trejeitado jogador sãopaulino, na minha opinião, era algo arranjado, ela só não quis perder a oportunidade de ganhar uma grana antes das coisas serem esclarecidas. Tanto que o namoro deles acabou quando ela assinou o contrato, segundo o próprio jogador.

Essa foi a oportunista de marca maior!