quarta-feira, 7 de abril de 2010

O bailarino da vez

Ele tinha tudo para não saber dançar, pois sofria de uma doença rara que impedia seu crescimento. Mas o baile precisava dele, e não é que agora ele não pôs todo mundo pra dançar e muita gente arrepiar?

Os bailarinos anteriores a ele também encheram nossos olhos, uns com seus passos trágicos e momentos de reviravolta - Maradona foi assim, um jogador por quem Carlos Gardel, se estivesse vivo, comporia um tango lamurioso.

Por muitos anos acreditava-se que nenhum outro bailaria como “El Diós(?)”, mas despontou um novo nome: Tevez. Indo contra todos os preconceitos, veio bailar em terras tupiniquins suas coreografias de cumbia; este ritmo cadenciado que dita não só as baladas argentinas, mas também cada passada do dito boludo.

Só que esse ritmo não enche os olhos, a nação mundial amante da bola queria ver algo diferente. E pra isso, veio ele!

Ele não joga na cadência da cumbia, apesar de ser isso que toca em seu iPod, nem com a tristeza do tango, apesar da sua infância ter sido sofrida. Ele joga com a malícia do flamenco e com a rapidez de quem teve que correr atrás de tudo, ganhando de todos, mesmo com as pernas curtas.

Agora a multidão o reverencia, pois ele baila com a bola e nos faz arrepiar. Sim, um argentino me faz arrepiar! E não é que um argentino despertou meu interesse em ver a Copa deste ano? Digo e repito: Não assistirei à Copa, verei o Messi jogar!