quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A torcida e o time

O time entrou em campo quem ñ queria nada e em poucos minutos de jogo já marcou seu gol.

A torcida que via aquele jogo muito descrente, pensou que com aquele gol o resultado seria positivo e que dalí sairiam muitos gols.

No final do primeiro tempo o time marcou novamente, e um gol tao significativo quanto o primeiro.

Neste momento a torcida via que como grande a possibilidade de vários outros belos gols, mesmo com apenas pouco tempo faltando.

O desejo de mais gols era latente, a torcida clamava, pedia, mas os lances nem acabavam na trave, o time ñ chegava ao ataque, apenas trabalhava a bola no meio de campo, cozinhando a torcida até os minutos finais.

Ao final do jogo, a torcida viu uma grande chance de gol, porém a bola foi para linha de fundo: mais uma bola fora!, daquele time que tanto pretendia, nada fazia e tantas esperancas dava.

No último minuto, a torcida ameacava ir embora, mas ainda esperava um novo lance, e esse saiu pela tangente novamente.

Desiludida, a torcida foi embora do estádio (para um dia voltar) mas magoada com a atitude desportiva do seu time do momento, que demonstrou tantas alegrias no primeiro tempo e tantas decepçoes depois...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Noticias mexicanas

Povo querido, estou aqui em informe extraordiàrio para informar que cheguei bem e estou bem tambem.
Depois de uma viagem bem turbulenda (a estrada de Sao Paulo à Cidade do Mexico è bem esburacada; o aviao tremeu um monte) estou instalada em terras mexicanas.
Desde o dia de hoje moro num apartamento novinho, que ainda precisa daquele carinho para ficar com cara de casa. Moro com uma menina do Rio, chamada Bruna. Assim como eu, ela è recèm-chegada à cidade e està aqui a apenas 5 dias.
Impressoes iniciais: que lugar seco! Nunca senti minha pele tao resseca. Mas nada que o tempo de adaptacao ñ cure...
Segue meu novo endereco: Rio Beserra, 924 apto 301. Colonia Napoles
Aviso à familia e amigos sempre queridos que estou bem. Ñ hà motivo para panico!
Em breve terei um celular e os canais de comunicacao orkuteanos, msn e e-mail ainda estao abertos.
Beijos à todos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Homem Freak-Show ou Pêlos, às vezes é bom tê-los

Escrevi este texto anteriormente no blog Homerengas, que compartilhava a autoria com mais três amigas minhas. Como esta narrativa foi escrita a quatro mãos, me furtei de colocá-lo aqui, porém o personagem principal desta história reapareceu na minha vida e não podia deixar de "homenageá-lo".

Não, eu não fiquei com ele! Mas aconteceu aquelas coincidências típicas do mundo pequeno, a famosa teoria de que existem seis pessoas no planeta e que o resto é tudo figurante.

Fazia um tempo que eu ficava com um cara do meu trabalho. Ele era um fofo, gostoso, atencioso, mas mal sabia eu que ele tinha um defeito – e que defeito: era noivo! E pra minha maior surpresa, ia se casar em pouco tempo. Fiquei indignada quando soube do fato e fiquei mais puta ainda quando recebo um convite para o devido casamento. Que cara de pau!

Para provar pro cara e pra mim mesma que era superior, resolvi ir à cerimônia, mas com quem? A companhia feminina era garantida, já que a maioria das minhas colegas de trabalho também foram convidadas, mas eu era - pra minha surpresa – amante do noivo. Não poderia ir sem um acompanhante do sexo masculino.

Daí a odisséia: ligar para todos os homens da minha agenda de telefones que topariam fazer um teatrinho e causar ciúmes naquele canalha que tanto mentiu pra mim. Nada! Por que nessas horas todos têm compromissos, namoradas ou namorados? Tive que recorrer à ajuda das amigas de verdade, que sempre têm uma solução pra dar, e a solução encontrada foi o primo de uma grande amiga.

O cara era gente boa, simpático e não fazia feio (de terno, todo homem é bonito), e topou me acompanhar naquela cerimônia onde eu tinha que sair por cima da carne seca de salto alto.

Nos encontramos nas imediações do salão de festas e ele encenou muito bem. Dançou comigo, foi super delicado, um cavalheiro e ainda ficou ao meu lado na hora de cumprimentar os noivos, dando pinta de que estávamos juntos e até apaixonadinhos. Na hora vi a cara de indignação do noivo... hum... a vingança tem um sabor gostoso...

Mas festa de casamento é aquela coisa: sempre acontece algo que nos surpreende. E o que me surpreendeu foi o um teor a mais de álcool no meu sangue que fez com que eu beijasse o grande ator daquela noite, o vencedor do Oscar, o primo da minha amiga.

E não é que o mocinho gostou? Ficamos juntos o restante da festa, ele me deixou em casa e ainda me ligou no dia seguinte. Tá certo!,... eu estava carente e com o orgulho ferido, mas ele fez por merecer: foi elegante, gentleman e não era de se jogar fora – dois dias depois do casamento, estávamos namorando.

Nos vimos poucas vezes depois da cerimônia e qualquer oportunidade que tínhamos de nos encontrar era válida: almoço, cinema, só que nada mais íntimo, devido às agendas malucas da nossa rotina. Só algumas semanas depois apareceu uma oportunidade de ficarmos um bom tempo juntos: haveria um evento da minha empresa num hotel fazenda de uma cidade do interior, onde eu tinha que estar presente, mas eu poderia levar um acompanhante. E a primeira pessoa que veio à cabeça para convidar foi meu namorado, claro! Chamei e ele aceitou.

Durante o final de semana poderíamos aproveitar tudo que a hospedagem nos oferecia durante o dia, já que à noite era o período que o evento empresarial era realizado. Chegamos ao hotel, na sexta-feira à noite, podres de cansados, não resistimos, e cada um virou pra um lado e capotou. No sábado, amanhece um dia ensolarado e lindo, que pede: piscina!

Levanto e chamo meu mocinho. Ele diz pra eu ir tomar café que ele logo desce. Faço o que ele manda, mas ele demora e volto ao quarto para chamá-lo novamente. Entro no quarto e vejo a porta do banheiro entreaberta, preocupada, avanço e flagro o rapaz cortando os pêlos do sovaco com uma tesourinha de cortar unha. Não agüento, e disparo:

- O que é isso?
- Odeio pêlos, odeio pêlos! – e continua sua sessão de tosa.

É nesse momento que reparo no espelho seu peito com a pele irritada por uma gilete que acabara de eliminar os pêlos peitorais. Pensei: ahn, tudo bem! Ele deve ser metrossexual; essa coisa tá na moda mesmo... E deixei por isso. Aproveitamos a piscina e todos os banquetes do evento, que terminou relativamente cedo.

O dia acaba e todos vão para seu quartos. É claro que o clima esquenta. Estava carente de carinho masculino e ele também parecia estar afim.

Tudo ia muito bem e bem gostosinho até a hora que eu inventei de avançar o sinal; nessa, o cara também se empolga, tira toda a roupa e se põe na minha frente, completamente nu.

Que horror! Queria soltar os gritos de todos os filmes do Hitchcock quando vi aquilo na minha frente. O cara estava nu e completamente pelado! Pelado, quero dizer: sem pêlos. Ele não raspava os membros inferiores e superiores, mas o membro central, que era o que mais me interessaria naquele momento, ele raspava. Tudo! Parecia o palhaço Carequinha!

Ao ver aquilo, não agüentei e comecei a rir um riso que não dava pra disfarçar. Era um misto de espanto, com decepção, com vontade de chorar. Eu estava de cara com um artista de circo de bizarrices, um verdadeiro homem freak show!

Respirei fundo, tentei recuperar a calma e continuar aquilo que tínhamos começado a fazer antes da minha crise de riso. Continuamos... quer dizer, continuar o quê? No meio da brincadeira, o cara broxa? Ahn não! Pra mim isso já é demais. O que eu estou fazendo aqui?

Estava namorando um cara maluco, completamente depilado e ainda broxa?

Não nos falamos durante toda a viagem de volta e a primeira e última coisa que falamos depois daquele pesadelo foi: não dá mais pra continuar. E o namoro acabou.

Não dava mais pra eu continuar com um cara bizarro, broxa, doido e que tinha o palhaço Carequinha no meio das pernas.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Querer

Quero ser tua loucura,
ser teu itinerário.
Quero comer amendoim colorido,
brindar num copo americano o desconhecido.
Quero entrar no teu carro,
chegar até a lua.
Quero embassar os vidros,
ouvir as cinco badaladas do sino.
Quero a harmonia da respiração ofegante,
constatar o inexperado.
Quero brincar com teus cabelos,
olhar nos teus olhos.
Quero rir de ti,
rir para ti,
rir de nós dois.
Quero não ter sido só mais uma,
não duvidar do que me disseste.
Quero ser tua musa,
motivar teus suspiros e teus versos.
Quero ser teu norte,
quero ter você aqui.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Dois gumes

Quando o homem quer, ele:
- te liga no meio da noite
- pega o carro e ruma pra praia pra te ver
- paga o jantar
- promete mundos e fundos
- manda um bilhete através de um garçom
- compra o maior bicho de pelúcia da casa de brinquedos, mesmo tendo alergia
- sai de uma cidade alagada no meio da tempestade pra te encontrar
- sai correndo no meio do trânsito de retorno do litoral gritando que te ama
- te leva no hospital quando você está com crise de gastrite
- te acompanha naquela comida que ele detesta
- canta: “me aperta, me cheira, me chama de Mon Bijou” quando você está brava com ele
- dança com você a noite toda, mesmo sem saber dançar
- te coloca dentro do carrinho de supermercado e leva você até o carro
- suborna o cantor do barzinho para cantar aquela música e no final ainda toma o microfone e canta só pra você
- escreve cartas (pode ser e-mails, posts em blogs ou testemunhos hoje em dia)
- apresenta você pra mãe, pro pai, pros amigos, pro papagaio...
- disfarça a cara de bunda quando você sai com suas amigas
- compra champagne pra vocês tomarem juntos sem nenhuma ocasião ou data especial
- briga com a família dele pra te proteger
- faz questão de te dar o sobrenome dele
- suporta seu mau humor matinal

Quando o homem não quer, ele:
- inventa as desculpas mais estúpidas do mundo
- fica doente
- vai empinar pipa
- te deixa sozinha naquela festa dos amigos dele que você não suporta
- viaja no carnaval
- descobre que tem um compromisso inadiável
- precisa acompanhar a mãe no mercado
- tem o dom de sumir de repente

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Meus carnavais

Mais um carnaval, e eu novamente não desfilei em escola de samba. Meu sonho de desfilar como passista será adiado para outro carnaval. Porém diferentemente de carnavais passados não viajei, não pulei em nenhum baile carnavalesco trash, muito menos rumei para a praia apinhada de gente mofando na umidade litorânea.

Confesso que morro de saudades dos meus carnavais infantis, onde as matinês do clube da Cidade Ocean faziam a minha alegria.

Este ano foi a mesma coisa de quase sempre: assisti aos desfiles dos grupos especiais tomando cerveja e sambando em frente ao espelho na esperança de um dia sambar para uma bateria inteira.

No entanto, fiz uma coisa diferente: fiz minhas malas! Vou rumar para o desconhecido, onde não tem escola de samba, a cerveja é a tequila, a Cidade Ocean nunca mais será a mesma e a vontade de sambar no carnaval continuará sendo uma vontade.