sábado, 26 de abril de 2008

Felicidades

Feliz aniversário!

Cada dia que passo longe de você percebo o quanto você é importante na minha vida e confirmo que a saudade é a constataçáo de que temos algo muito maravilhoso em nossa vida que vale a pena ser lembrado sempre.

Sempre ele

Ñ adianta! Mudei até de país, mas sigo acompanhando cada jogo, cada jogada, cada passo dele!

Depois de mais de dois meses de mudança de ares, constato que viver de uma ilusáo romântica é a melhor forma de sobreviver à carência que sinto aqui...

Crédito: Globoesporte.com

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mais além

Gosto dos adeptos da filosofia da mente sã em um corpo são, não da mente oca num corpo sarado.
Gosto das pessoas com conteúdo; com quem posso conversar sobre filosofia e política, futebol e fotografia, novelas e mais-valia.
Gosto de piadas com fundamento psicológico, ou até sem fundamento, mas que simplismente me façam rir.
Gosto mesmo é da barriga de cerveja, cortada por cirurgia, não por horas na academia.
Gosto dos amantes das pequenas coisas, daqueles que são como eu e que me amam pelo simples fato de eu ser o que sou, não como aparento ser.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ravel no metrô

Era sábado à tarde; um dia atípico onde tive que rumar para um lugar ainda desconhecido com intuito de conseguir mais um trabalho que ajude a tecer meu pé de meia.

Para não ser ludibriada por nenhum taxista, pego o metrô com destino a uma estação longínqua. Tudo seguia seu rumo habitual: o vagão cheio, o ambiente abafado, como na minha cidade natal, porém algo me surpreende: um homem com seus quase 30 anos entra no vagão com sua flauta. Já espantada com aquela cena, passo a observá-lo um pouco mais. De repente, ele assovia e dedilha uma melodia: Bolero de Ravel!

A pele passa a parecer um frango depenado de tantos arrepios de emoção, o queixo treme e os olhos enchem de lágrimas. As recordações pulsam no mesmo ritmo do coração acelerado, que remetem à mesma pessoa.

A primeira vez que ouvira aquela música fora ha mais de dez anos, quando no meio da turbulência familiar, a obra prima de Ravel era a única coisa que acalmava os ânimos domésticos e a última foi sobre a regência de John Neschling assistindo à Sinfônica de São Paulo ecoar cada nota pelo vasto parque Villa-Lobos, onde duas mãos dadas se apertavam de carinho e comoção e os olhos marejados consagravam a admiração por aquelas repetições tão bem harmonizadas.

Ao ouvir o moço não pude deixar de recordar as aulas de Phillipe Willemart e das memórias involuntárias que a Sonata de Venteuil provocavam em Marcel, personagem de Proust em sua Em Busca do Tempo Perdido, mas principalmente não pude deixar de lembrar da minha mãe.

sábado, 19 de abril de 2008

Outra conversa virtual

- oi linda!
- hey! como estás?
- bem! se habituando com o ambiente mexicano?
- sim, aos poucos
- que bom! tá conseguindo manter a calma?
- ás vezes fico p* com algumas coisas, mas nem encano mais tanto com tudo
- que bom!
- acho que aprendi alguma coisa com vc.
- se ficar nervosa com tudo, vc nao chega a lugar algum
- vc tem razao!
(...)
- sábado é meu aniversário!
- eu sei! vc acha que eu iria esquecer?
- hahaha, linda!
- e vai ter festa?
- churras, normal!
- vc estará na internet pra eu poder te mandar parabéns?
- sim!
- Poxa, mas queria te ligar, ouvir sua voz. Pela internet ñ é a mesma coisa. Só que ñ tenho seu número.
- X4X4X4XX
- tá anotado. Seu número é o único número a ñ ser da minha casa q ñ é mexicano! Vou te ligar! Ñ se assuste com um número bizarro q sou eu!
- vou adorar falar com vc!
- eu tb! ai de ti se ñ me atender!
- isso nao vai acontecer.
- ai caramba! Pior disso é q terei q pedir um telefone emprestado pra alguém, só pra falar com vc!
- linda! linda!
- :)

(Felicidades, lindo!)

Uma conversa virtual

- hey! como vc está?
- bem! e vc?
- bem tb. A saudade tá batendo forte, mas nada que as boas recordacoes ñ acalmem...
- tb estou com saudades...
- nossa, sinto falta de tanta coisa...
- eu sinto falta de vc! As cervejadas de sexta nunca foram mais as mesmas
- sério q eu faco falta?
- muita!
- eu sinto falta do amendoim colorido, da cerveja gelada tomada no copo americano, numa mesa de ferro na calcada de um boteco qq numa noite abafada de verao...
- pouts... isso é muito bom!
(...)
- vc sabe quando volta?
- ainda ñ sei. Estou gostando daqui. Creio q farei uma visita. Posso te visitar?
- claro!
- mas será outra estacao. ñ vai dar pra ficar no sereno paulistano
- nos esquentamos.
- hum... assim eu volto antes...
- quando vc voltar eu vou te sequestrar
- e vai cobrar qto de resgate?
- uma noite inteira!
- mas só uma noite inteira?
- 2, 3, 4... uma semana. Quem sabe a vida inteira?