quinta-feira, 1 de julho de 2010

O jeito melhor de se morrer

Muitos podem dizer que este é um assunto mórbido ou coisa do gênero, mas eu já sei como eu quero morrer...

Quero morrer bem velhinha, do lado da pessoa que escolhi para compartilhar a minha vida; aquele que eu namorei na adolescência, que eu odiei por tantos anos por me dar o pé na bunda mais homérico, aquele que eu reaprendi a confiar e a amar.

Este desejo de morte já foi acordado e aceito pela pessoa que proporcionará meu último suspiro de alegria e creio que será o melhor jeito de se morrer...

Quero morrer fazendo sexo com o meu eterno namorado, na cama que será nossa por muitos anos.

Teremos nossos filhos criados, netos nascidos e bisnetos por vir. Teremos uma vida tranquila conquistada por anos de trabalho de uma professora universitária e de um médico cardiologista. Teremos uma vida linda pra contar, que se costurará com a nossa história já vivida, digna de roteiro de novela mexicana.

Pouco importa quantos azuis serão necessários para eu morrer do jeito que eu quero, o que me importa é que eu morrerei nos braços daquele que me abraça desde quando eu tinha 12 anos e fazendo uma coisa que eu aprendi com ele: amando.

Estou certa de que será um orgulho para a família que constituirei contar como sua matriarca morreu: feliz, na cama dela, abraçada ao homem que ela escolheu, exaurida depois de uma noite de sexo.