Todos sabemos que a vida é cheia de oportunidades e com ela não era diferente. Um verdadeiro leque de possibilidades amorosas se abria a cada lugar que ela ia. Poderia ser um músico, um dono de balada, um boy-band, um ator, um modelo qualquer – tanto que até ela se espantava com tais opções. Mas quanto mais o tempo passava, mais ela percebia que tudo aquilo não daria em nada; seriam relacionamentos tão fugazes como a rapidez com que ela os conhecera.
Conforme o tempo ia passando ela reparava que seu parceiro pra vida toda não estaria em casa noturna ou em um teste cotidiano, mas sim longe, há muitos quilômetros, no meio de uma selva de pedra ou de uma selva propriamente dita. E a única coisa que poderia unir-los era a conectividade, e era isso que eles faziam sempre que podiam: ficavam juntos.
Não importava onde estavam, poderia estar ela entre o Atlântico e o Pacífico e ele no meio da Amazônia que eles se encontravam e com alguns toques no teclado eram felizes.
Eram nesses curtos e inesquecíveis momentos que a única intenção dos dois era atingir o ponto máximo da felicidade, dirigindo cada palavra digitada e cada sorriso via webcam com todo afeto e carinho só um contato direto pode oferecer.
A cada encontro o sentimento se tornava tamanho que pouco importava a vida real. O que eles queriam era viver naquele mundo virtual pela vida inteira. Naquele mundo que eles viviam não existiam relacionamentos desgastados, nem perrengues de trabalho, muito menos um leque de possibilidades amorosas; um era suficiente para o outro e isso bastava.
Com ele sim é que ela era feliz, pois não tinha que enfrentar a realidade; a realidade de uma mulher por vezes rejeitada, outras esquecida. Uma mulher que queria apenas ser feliz e ser especial para alguém que ela também julgasse especial.
2 comentários:
São gestos tão simples, Manu... não é?
Hummm, querida!
Parece que vivemos algo parecido!
Diga-me: Deu-se o encontro ou são só ilusões e intenções?
Sabe o que me disseram sabiamente sobre isso? Faça o que achar que deve! Viva! Porque o pior é ficar no "E se..."
beijos, morena-flor!
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