Que a beleza é instigante para os olhos e nos causa bom grado, todos nós sabemos, mas é engraçado como nos furtamos em reparar no quanto a beleza nos incentiva na nossa rotina.
Desde a nossa infância dependemos da beleza nas mais míseras atividades do dia-a-dia. Quem nunca quis ficar na cama, fingindo uma gripe pra sua mãe, mas deixou de lado a ideia de ficar debaixo dos cobertores ao lembrar que aquele menino bonitinho estaria na escola e o pensamento de deixar de vê-lo, nem que seja por um dia, te faz esquecer os planos de um dia de ócio em casa.
E isso acontece ainda mais quando estamos crescidinhos.
Precisamos de mimos pros nossos olhos em todas as atividades rotineiras. Vamos para a faculdade com o afago de que cruzaremos com aquela pessoa interessante. Seguimos para o trabalho todo santo dia com o propósito de ganhar nosso dinheirinho, mas nos agrada a chance de encontrar seu colega boa pinta na máquina do café. Até mesmo na academia isso acontece – se vamos malhar naquele dia que estamos de saco cheio, quando pensamos em deixar de lado, nem que seja por um dia, o projeto Corpão de Verão, nos lembramos de que tem aquele instrutor gatinho ou aquele aluno tipão.
Não é só a beleza alheia que incentiva e que não reparamos nela - a beleza também está no ipê roxo que floresce, no passarinho que saltita na sua frente, na alegria de ver um sorriso desconhecido e despretencioso.
Um comentário:
The beauty is in the eye of the beholder...
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