Todos sabemos que a vida é cheia de oportunidades e com ela não era diferente. Um verdadeiro leque de possibilidades amorosas se abria a cada lugar que ela ia. Poderia ser um músico, um dono de balada, um boy-band, um ator, um modelo qualquer – tanto que até ela se espantava com tais opções. Mas quanto mais o tempo passava, mais ela percebia que tudo aquilo não daria em nada; seriam relacionamentos tão fugazes como a rapidez com que ela os conhecera.
Conforme o tempo ia passando ela reparava que seu parceiro pra vida toda não estaria em casa noturna ou em um teste cotidiano, mas sim longe, há muitos quilômetros, no meio de uma selva de pedra ou de uma selva propriamente dita. E a única coisa que poderia unir-los era a conectividade, e era isso que eles faziam sempre que podiam: ficavam juntos.
Não importava onde estavam, poderia estar ela entre o Atlântico e o Pacífico e ele no meio da Amazônia que eles se encontravam e com alguns toques no teclado eram felizes.
Eram nesses curtos e inesquecíveis momentos que a única intenção dos dois era atingir o ponto máximo da felicidade, dirigindo cada palavra digitada e cada sorriso via webcam com todo afeto e carinho só um contato direto pode oferecer.
A cada encontro o sentimento se tornava tamanho que pouco importava a vida real. O que eles queriam era viver naquele mundo virtual pela vida inteira. Naquele mundo que eles viviam não existiam relacionamentos desgastados, nem perrengues de trabalho, muito menos um leque de possibilidades amorosas; um era suficiente para o outro e isso bastava.
Com ele sim é que ela era feliz, pois não tinha que enfrentar a realidade; a realidade de uma mulher por vezes rejeitada, outras esquecida. Uma mulher que queria apenas ser feliz e ser especial para alguém que ela também julgasse especial.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Lágrimas
Lágrimas no avião durante minha primeira vinda ao desconhecido
Lágrimas no travesseiro de saudades do meu travesseiro
Lágrimas na rua, voltando da academia, ao descobrir que engordei, mesmo suando que nem uma porca
Lágrimas ao chegar em casa e perceber que aquela não é minha casa
Lágrimas no banheiro do aeroporto depois de ser dispensada por um modelo que acha que Turquia é na Europa
Lágrimas ao telefone ao dar feliz aniversário pra alguém que está distante
Lágrimas ao recordar momentos felizes passados, que você tem certeza que poderá revivê-los
Lágrimas na varanda, pois o aperto no peito é tão forte e sem explicação que não se consegue controlar a dor
Lágrimas no ombro do seu pai ao reparar que mesmo depois de tantas lágrimas, você tem um porto seguro: sua casa, sua família, seus amigos – que nunca te abandonarão.
Lágrimas no travesseiro de saudades do meu travesseiro
Lágrimas na rua, voltando da academia, ao descobrir que engordei, mesmo suando que nem uma porca
Lágrimas ao chegar em casa e perceber que aquela não é minha casa
Lágrimas no banheiro do aeroporto depois de ser dispensada por um modelo que acha que Turquia é na Europa
Lágrimas ao telefone ao dar feliz aniversário pra alguém que está distante
Lágrimas ao recordar momentos felizes passados, que você tem certeza que poderá revivê-los
Lágrimas na varanda, pois o aperto no peito é tão forte e sem explicação que não se consegue controlar a dor
Lágrimas no ombro do seu pai ao reparar que mesmo depois de tantas lágrimas, você tem um porto seguro: sua casa, sua família, seus amigos – que nunca te abandonarão.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Engracado
É engacado... depois de quase cinco anos sem estar junto do homem que um dia pensei que era o homem da minha vida, continuo a me questionar se ainda ele é o homem da minha vida.
Passamos por muitos perrengues, namorei pessoas erradas e ele continua com a mesma errada (na minha singela opiniao...)
Olho suas fotos atuais e vejo uma menina bonitinha, mas sei que ao meu lado seríamos bem mais lindos se estivéssemos juntos até hoje.
Sei que fiz muitas coisas erradas, na opiniao, desde aquele dia que o abandonei, mas vejo suas fotos atuais e vejo um homem muito mais feliz se estivesse ao meu lado.
Sei que mudei completamente de ares depois que renunciei à alegria de estar com o homem da minha vida por conta de sonhos e de uma vida incerta, nos seus vinte anos iniciais.
Nao sei o que pensar quando falo com minha querida máe e ela me diz que só teve um homem e paixao de sua vida - a paixao de sua vida, foi meu pai, e o homem da sua vida foi o homem que ela sempre amou, mesmo à distancia, e que até hoje está nos seus pensamentos mais singelos ou nos mais distantes... assim como os que tenho agora.
Passamos por muitos perrengues, namorei pessoas erradas e ele continua com a mesma errada (na minha singela opiniao...)
Olho suas fotos atuais e vejo uma menina bonitinha, mas sei que ao meu lado seríamos bem mais lindos se estivéssemos juntos até hoje.
Sei que fiz muitas coisas erradas, na opiniao, desde aquele dia que o abandonei, mas vejo suas fotos atuais e vejo um homem muito mais feliz se estivesse ao meu lado.
Sei que mudei completamente de ares depois que renunciei à alegria de estar com o homem da minha vida por conta de sonhos e de uma vida incerta, nos seus vinte anos iniciais.
Nao sei o que pensar quando falo com minha querida máe e ela me diz que só teve um homem e paixao de sua vida - a paixao de sua vida, foi meu pai, e o homem da sua vida foi o homem que ela sempre amou, mesmo à distancia, e que até hoje está nos seus pensamentos mais singelos ou nos mais distantes... assim como os que tenho agora.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Esse mundo virtual...
Já faço parte desse mundo virtual faz um tempinho: MSN, Orkut, Facebook, YouTube, Blog, Fotolog, enfim, vários meios, mas nunca tinha descoberto as coisas boas que uma conversa via web-cam pode nos ofertar.
É ótimo falar com familiares, amigos e também com aqueles amigos que você sempre falou, mas nunca conheceu. Sim, os amigos virtuais! E eu tenho um amigo-virtual.
“Conheci” esse meu amigo através do Orkut. Fuçando a página de um colega de colegial acabei encontrando essa pessoa. Minha primeira impressão do rapaz foi: “Meu Deus! Ele parece o Gianechinni de olhos verdes!”. Uma coisa de louco, um homem bonito pra valer e quando vejo as fotos do seu álbum confirmo a beleza do rapaz.
Como quem não quer nada, adicionei o moço e pra minha surpresa, ele me manda um e-mail pra saber se eu existia realmente. Sim, eu sou bem real! E a partir daquele momento iniciamos nossa amizade virtual, onde cada um só se conhecia por foto e se falava por MSN.
Estávamos solteiros quando nos conhecemos e cheguei a cogitar a possibilidade de ir até sua cidade-natal ou à cidade onde ele fazia faculdade só para vê-lo pessoalmente. A cogitação foi tanta que consegui ser madrinha da bateria do grêmio acadêmico da faculdade oposta só pra ter um pretexto pra ir ao interior de São Paulo. Infelizmente a falta de dinheiro e um pouco mais de vergonha na cara me fizeram abortar essa missão que desencadearia uma guerra entre universidades.
O tempo passou, os dois começaram a namorar, mas nem por isso a amizade foi deixada de lado. As conversas via internet continuavam, acompanhamos os progressos acadêmicos, intelectuais e pessoais de cada um e ele passou a ser um admirador das coisas que escrevo.
Sempre debatíamos sobre meus escritos e ríamos das coisas que se passavam com os dois: minhas decepções amorosas e suas aventuras no meio do Brasil, mas foi somente da última vez que conversamos foi que descobri a maravilha que é ter uma web-cam durante uma conversa virtual.
Era início de madrugada quando iniciamos nossa prosa. Colocamos nossas novidades em dia: minha ida ao México, meus trabalhos e nossas conquistas. Era inevitável que depois de tanto tempo ele veria novas fotos – coisa que o agradou muito! E pra meu espanto ele inicia uma vídeo-chamada.
Por fim vejo como é o ser humano. Sim, ele também era real! E logo de cara reparo que ele não nega suas raízes: usava uma camiseta de cor duvidosa já carcomida do grêmio da faculdade.
Como toda conversa virtual o tema é alterado mais do que uma conversa tradicional. Ele fala do seu trabalho e eu do quanto sou loser em questão oportunidades amorosas.
Num dado momento fui colocar meu pijama, pois já passavam da uma da manhã, e quando volto ele diz:
- Onde você estava? Ia fazer um stripe-tease pra você!
- Aí, olha como sou loser. Perdi outra oportunidade! (risos)
O papo continua...
- Não fica triste... Vamos começar um jogo: meia direita, meia esquerda ou as duas?
Pensei em todas as possibilidades do que aquelas alternativas poderiam ser. Como amantes de futebol que somos cheguei a pensar em jogadores que atacam por tais lados do campo, como jogadores universitários de handebol, qual era o posicionamento de cada um em quadra. E diante daquela dúvida atroz, escolhi a segunda opção e ele tira sua meia esquerda.
Tenho um ataque de riso na hora e ele diz:
- Agora é a sua vez!
- Meia direita ou meia esquerda?
- As duas!
Tiro minhas duas meias diante da câmera aos risos.
- Nossa, você é sexy até tirando a meia. – e continuamos aquele joguinho... - Agora uma pergunta valendo minha meia direita: qual o nome do conquistador do povo Inca?
- Peraí, eu estava no México, não no Peru! Posso te mostrar quem é um dos nomes que lutaram contra a conquista espanhola que ilustra as notas de cem pesos – e mostro a nota.
- Você acertou! – e ele tira a meia direita. – Agora é a sua vez...
- Escolhe: manga direita ou manga esquerda.
- As duas!
E arregaço as duas mangas do meu pijama sem cessar minha crise de risos.
- Graciosidade até pra arregaçar as mangas! - e continua - Outra pergunta, agora valendo minha camiseta: com quantos paus se faz uma canoa?
- De novo? Eu fiz letras, não engenharia. Posso pedir ajuda aos universitários?
- Pode!
- Universitário X, com quantos paus se faz uma canoa?
- Se for uma canoa de madeira de boa qualidade, somente um!... E então oponente, seu tempo já está se acabando.
- Confio na resposta do universitário.
- Você acertou novamente. Parabéns garotinha! – e ele tira a camiseta. “Pai Amado, onde isso vai parar?” pensava comigo. – Voltamos na sua vez...
- Barra direita ou barra esquerda?
- As duas! E levanto as barras das calças do meu pijama. – Assim eu fico louco!
- Estou começando a achar que você é maluco... As barras da calça?... Só você mesmo.
- Valendo a minha bermuda, vamos à próxima pergunta: Quem escreveu “O sítio do pica-pau amarelo”?
- Preciso mesmo responder?
- Não! – E ele já tira a bermuda.
Minha cara no monitor era de uma pessoa catatônica diante daquela visão, minhas mãos suavam frio, meus olhos estavam arregalados ao ver aquele homem lindo só de cueca. Eu não tinha reação.
- Agora é a sua vez!
- Minha vez o quê? Tá maluco? Você tirou a roupa porque quis e eu estou aqui na minha, contemplativa.
Fiquei mais uns minutos observando aquela cena e minha internet discada caiu. Nem pude me despedir daquele que pela primeira vez fez um streap pra mim.
É ótimo falar com familiares, amigos e também com aqueles amigos que você sempre falou, mas nunca conheceu. Sim, os amigos virtuais! E eu tenho um amigo-virtual.
“Conheci” esse meu amigo através do Orkut. Fuçando a página de um colega de colegial acabei encontrando essa pessoa. Minha primeira impressão do rapaz foi: “Meu Deus! Ele parece o Gianechinni de olhos verdes!”. Uma coisa de louco, um homem bonito pra valer e quando vejo as fotos do seu álbum confirmo a beleza do rapaz.
Como quem não quer nada, adicionei o moço e pra minha surpresa, ele me manda um e-mail pra saber se eu existia realmente. Sim, eu sou bem real! E a partir daquele momento iniciamos nossa amizade virtual, onde cada um só se conhecia por foto e se falava por MSN.
Estávamos solteiros quando nos conhecemos e cheguei a cogitar a possibilidade de ir até sua cidade-natal ou à cidade onde ele fazia faculdade só para vê-lo pessoalmente. A cogitação foi tanta que consegui ser madrinha da bateria do grêmio acadêmico da faculdade oposta só pra ter um pretexto pra ir ao interior de São Paulo. Infelizmente a falta de dinheiro e um pouco mais de vergonha na cara me fizeram abortar essa missão que desencadearia uma guerra entre universidades.
O tempo passou, os dois começaram a namorar, mas nem por isso a amizade foi deixada de lado. As conversas via internet continuavam, acompanhamos os progressos acadêmicos, intelectuais e pessoais de cada um e ele passou a ser um admirador das coisas que escrevo.
Sempre debatíamos sobre meus escritos e ríamos das coisas que se passavam com os dois: minhas decepções amorosas e suas aventuras no meio do Brasil, mas foi somente da última vez que conversamos foi que descobri a maravilha que é ter uma web-cam durante uma conversa virtual.
Era início de madrugada quando iniciamos nossa prosa. Colocamos nossas novidades em dia: minha ida ao México, meus trabalhos e nossas conquistas. Era inevitável que depois de tanto tempo ele veria novas fotos – coisa que o agradou muito! E pra meu espanto ele inicia uma vídeo-chamada.
Por fim vejo como é o ser humano. Sim, ele também era real! E logo de cara reparo que ele não nega suas raízes: usava uma camiseta de cor duvidosa já carcomida do grêmio da faculdade.
Como toda conversa virtual o tema é alterado mais do que uma conversa tradicional. Ele fala do seu trabalho e eu do quanto sou loser em questão oportunidades amorosas.
Num dado momento fui colocar meu pijama, pois já passavam da uma da manhã, e quando volto ele diz:
- Onde você estava? Ia fazer um stripe-tease pra você!
- Aí, olha como sou loser. Perdi outra oportunidade! (risos)
O papo continua...
- Não fica triste... Vamos começar um jogo: meia direita, meia esquerda ou as duas?
Pensei em todas as possibilidades do que aquelas alternativas poderiam ser. Como amantes de futebol que somos cheguei a pensar em jogadores que atacam por tais lados do campo, como jogadores universitários de handebol, qual era o posicionamento de cada um em quadra. E diante daquela dúvida atroz, escolhi a segunda opção e ele tira sua meia esquerda.
Tenho um ataque de riso na hora e ele diz:
- Agora é a sua vez!
- Meia direita ou meia esquerda?
- As duas!
Tiro minhas duas meias diante da câmera aos risos.
- Nossa, você é sexy até tirando a meia. – e continuamos aquele joguinho... - Agora uma pergunta valendo minha meia direita: qual o nome do conquistador do povo Inca?
- Peraí, eu estava no México, não no Peru! Posso te mostrar quem é um dos nomes que lutaram contra a conquista espanhola que ilustra as notas de cem pesos – e mostro a nota.
- Você acertou! – e ele tira a meia direita. – Agora é a sua vez...
- Escolhe: manga direita ou manga esquerda.
- As duas!
E arregaço as duas mangas do meu pijama sem cessar minha crise de risos.
- Graciosidade até pra arregaçar as mangas! - e continua - Outra pergunta, agora valendo minha camiseta: com quantos paus se faz uma canoa?
- De novo? Eu fiz letras, não engenharia. Posso pedir ajuda aos universitários?
- Pode!
- Universitário X, com quantos paus se faz uma canoa?
- Se for uma canoa de madeira de boa qualidade, somente um!... E então oponente, seu tempo já está se acabando.
- Confio na resposta do universitário.
- Você acertou novamente. Parabéns garotinha! – e ele tira a camiseta. “Pai Amado, onde isso vai parar?” pensava comigo. – Voltamos na sua vez...
- Barra direita ou barra esquerda?
- As duas! E levanto as barras das calças do meu pijama. – Assim eu fico louco!
- Estou começando a achar que você é maluco... As barras da calça?... Só você mesmo.
- Valendo a minha bermuda, vamos à próxima pergunta: Quem escreveu “O sítio do pica-pau amarelo”?
- Preciso mesmo responder?
- Não! – E ele já tira a bermuda.
Minha cara no monitor era de uma pessoa catatônica diante daquela visão, minhas mãos suavam frio, meus olhos estavam arregalados ao ver aquele homem lindo só de cueca. Eu não tinha reação.
- Agora é a sua vez!
- Minha vez o quê? Tá maluco? Você tirou a roupa porque quis e eu estou aqui na minha, contemplativa.
Fiquei mais uns minutos observando aquela cena e minha internet discada caiu. Nem pude me despedir daquele que pela primeira vez fez um streap pra mim.
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