Têm coisas que só acontecem quando estamos em um país estrangeiro, como dar foras em celebridades, afinal de contas, você é de outra nação e nem é obrigada a saber quem são os homens por quem as mulheres babam quando vêem uma novela ou uma revista de fofocas.
Dias atrás fui a uma casa noturna com intuito de prestigiar minhas amigas que iam desfilar e de quebra comer uma coisa gostosa e dançar um pouquinho. Enquanto esperávamos a hora do desfile, estávamos fazendo a social na mesa do restaurante do lugar: cumprimentando pessoas nem sempre agradáveis, bajulando uns insuportáveis e sendo apresentadas a outros que não tínhamos idéia de quem seriam.
Num dado momento apareceu na mesa um homem bem bonito, mas sem simancol, amigo do dono da minha agência que o convidou a se sentar do meu lado, assim, eu fiquei bem no meio dos dois (Que situação… amarrei a cara na hora!).
O distinto nada-cavalheiro puxa uma conversa e, como não posso ser desagradável, dou continuação...
- Você é brasileira?
- Sou sim.
- Há quanto tempo está no México?
- Quatro meses.
- E quais cidades já conheceu? Já foi à Cancun?
- Já fui a algumas cidades, mas Cancun ainda não. Ainda não tive a oportunidade nem o convite.
- Mas você está sendo convidada agora! Vamos para Cancun comigo!
- Epa, peraí! Nem te conheço! Para que iria para Cancun com você!
FORA!
O dono da minha agência me chama e me pergunta:
- E aí? O que achou dele?
- Achei que ele tem saúde. É isso que importa!
FORA!
A conversa na mesa continua, a falsidade está no ar e aquele ambiente artificial perdura.
Depois de uns minutos o tal homem bonito acende um cigarro. Existe no México uma lei que proíbe o fumo em qualquer ambiente fechado. Outro sinal de falta de educação do devido rapaz e pra minha infelicidade a fumaça de seu cigarro vem bem em minha direção e engulo a devida não-matéria junto com meu último sushi – o último seria o mais gostoso... Tenho uma leve tosse e pra demonstrar minha insatisfação com tal ato, pego o cardápio e o abano na minha frente pra afugentar a fumaça que teimava em me perseguir.
- A fumaça te incomoda?
Num outro acesso de tosse e com cara de pouquíssimos amigos, respondo:
- Não! Imagina...
FORA!
- Creio que vou fumar lá fora.
- Agradeço muito!
FORA!
Algumas semanas depois venho saber com uma amiga mexicana quem era o tal cara que recebeu tantos foras da minha parte: trata-se de Leonardo Garcia, um dos atores mais sediados do México, que qualquer mexicana daria o mundo para estar ao lado dele numa mesa ou sua própria vida para ir pra Cancun numa viagem romântica com um dos maiores galãs da TV mexicana. A título de comparação: seria um Paulinho Vilhena na época de pegador.
Na mesma semana que soube que Leonardo Garcia era uma celebridade nacional, o vejo na capa de uma revista de celebridades com a seguinte manchete: Depois de outro relacionamento frustrado, Leonardo Garcia declara: “Estou à procura do verdadeiro amor!”
Ai, querido, enquanto você não souber se portar em uma mesa ou convidar a primeira que vê pela frente pra uma viagem a Cancun, nenhuma mulher que não te conheça será verdadeira contigo...
5 comentários:
hehehehe... só você, Manu, tem as manhas disso... ah só você!
Realmente, só pessoas que flanam podem fazer certas coisas.
Espero que a viagem de volta tenha corrido bem. Bjo!
é o poder da minha manuzinha!!!
Bem, feito, só porque é o gostosão fica achando que pode tudo.
Tem de ser um homem viril.
Boa, Manu!
Muy simpático tu relato Florsinha, pero... eso que dices al final: cualquier mexicana daria el mundo para estar al lado de ese tipo....Creo que no conoces Mexico. Y mucho menos a las mexicanas. Creo que en el mundo que vives, ese mundo artificial en donde te sientas en la mesa al lado de un idiota que tiene la cara bonita, y que le gustan las caras bonitas, ahi, tal vez no nadamas las mexicanas, tambien las argentinas, las brasilianas, las colombianas, las chinas, harian eso que tu dices por estar con un famoso en un viaje romántico.
Yo no conozco ninguna mexicana que daria el mundo por irse a Cancun con un idiota. Tal vez las mexicanas que conozco viven en otra galaxia distinta a esa en donde sucedió ese acontecimiento.
Conozco muchas mexicanas, brasileñas, argentinas, gringas y chinas o rusas, que en el momento de una situación tan absurda en una mesa sentada al lado de un idiota, harían lo que fuera para hacerle saber a ese tipo, que nadie es mas idiota que un idiota que no conoce la cordura y la sensatez de ser una persona y no un imbécil que vive en una telenovela como las que seguramente este tipo vive cada dia en ese mundo artificial en el que tuviste la fortuna o desfortuna de conocerlo.
Al final, eso que te pasó es una enseñanza, pero la mayor enseñanza, está en aprender a conocer a fondo el pais en el que uno vive, para poder sentir la mentalidad de ciertas personas que uno conoce, pero cada suceso, es certeramente un momento subjetivo que uno interpreta según su experiencia y ángulo de visión de la vida. Eso no significa que todos pensemos igual en cada pais.
En el fondo, la estupidez no tiene nacionalidad.
¿Me vas a decir que todas las brasileñas piensan como Xuxa, o que todos los argentinos son tan ignorantes como Maradona?
No hay nada más triste, que tener ojos, y no usarlos para ver.
Esto te lo comento con todo respeto. Espero lo entiendas asi.
Te mando un abrazo.
rodrigo
Postar um comentário