Estou ha mais de 3 semanas no Mexico e ja passei por alguns perrengues com os mexicanos.
Confesso que a ultima coisa que esperava era trombar com o Hector Bonilha ou Gael Garcia Bernal, mas as coisas que tenho que enfrentar aqui exigem um grau a mais de jogo de cintura - deveria ter trazido o bambole que meus queridos da FFLCH deixaram na portaria antes de eu embarcar!, assim vinha me exercitando no aviao mesmo...
Alias, minha primeira, digamos, experiencia com os mexicanos foi logo na entrevista de imigracao. Estava em uma fila mais que enorme e quando chegou a minha vez, a fila parou! Do nada apareceram tres agentes da imigracao pra fazer a bendita entrevista comigo. Ficaram aqueles tres tapados olhando pra minha cara e pedindo minhas fotos de trabalho; ainda bem que todos essas coisas estavam na mala despachada, dessa forma consegui me livrar de tal momento importuno, mesmo com meu espanhol ainda parco.
Outra vez que tive que rebolar pra sair de uma situacao nada agradavel foi logo no meu segundo dia de Mexico! Eu tinha que imprimir minhas fotos (modelo sem fotos nao eh modelo, nem muito menos trabalha!). Fui encaminhada pra uma casas dessas de fotografia que poderia imprimir minhas fotos num papel de boa qualidade e assim o fiz, mas essas coisas demoram e conversar com os atendentes do local era inevitavel, mesmo que ao meu contra gosto. No meio de um papo sem pe nem cabeca, sou questionada:
- Te gusta Mexico?
- Hasta ahora si!
- Y de los mexicanos?
- Hasta ahora no! - de cara muito amarrada!
Naquela hora constatei que a massa masculina mexicana nao toma Simancol, este remedio tao essencial para a raca humana.
Dai por diante reparei no quanto os homens desta terra sao tao mal educados e tarados; parece que nunca viram mulher na vida! Voce passa na rua, e alem de ouvir assobios, eh obrigada a ouvir os grunhidos mais absurdos, primatas e impossiveis de serem narrados.
Minha sorte eh que alem de perceber essas coisas, eu tambem enriqueci meu espanhol e aos poucos vou dando minhas patadas nada delicadas nesses mexicanos safados.
A primeira foi uma semana depois da minha vinda e ha uma semana atras. Estava num taxi voltando do aeroporto e o motorista do taxi me faz a mesma sequencia de perguntas:
- Te gusta Mexico?
- Mucho! Penso en me quedar por aqui!
- Y de los mexicanos?
- No, no me gustam en nada!
- Pero, porque?
- Porque la educacion no es la grande qualidad de los mexicanos y, para mi, todos los hombres tienen que tener educacion!
Acho que nem fui estupida, mas sei que o motorista do taxi se manteve calado pelo resto do trajeto.
Mas nem tudo sao espinhos nas minhas investidas mexicanas. Tudo bem que ainda nao conheci o Gael, mas ja sei onde ele mora, e pra meu alivio, nem todos os mexicanos sao escrotos. Existem uns poucos que sabem ser gentis, simpaticos e educados, que te dao flores pelo simples ato de presentear uma mulher, que te acompanham no Red Bull com vodca pra aguentar a balada, te levam pina colada aonde quer voce esteja e pedem pro motorista te levar em casa quando voce ja esta podre de tanto dancar e nao consegue mais nem chamar o taxi.
terça-feira, 11 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
No Mexico...
Do que eu gosto Mexico...
- da forma que o meu cabelo fica aqui... lisinho, lisinho
- das pessoas que encontrei e que aos poucos estou aprendendo a conquistar
- de entrar nas casas noturnas sem pagar
- dos (poucos) homens educados
- das praias do Pacifico (que conheci) e das do Atlantico (que ainda nem visitei, mas ja gosto)
- de que o metro va para quase todos os cantos da cidade
- do meu apartamento (que nem eh meu...)
- de ter sempre coisas pra fazer... testes, gente nova pra conhecer e lugares novos para visitar
- do povo bem caracteristico, de suas mulheres com suas trancas e saiotes e dos homens com seus grandes bigodes e chapeus.
Do que eu nao gosto no Mexico...
- da forma com que os homens nos importunam. Nao importa se eh numa rua financeira ou em frente de uma obra, voce sempre ouve um "fui-fui"
- do eterno cheiro de milho das tortilhas em qualquer esquina
- de nao comer arroz e feijao junto (aqui se come separado... saudades do arroz e feijao de mamae...)
- do meu nariz sangrando todo dia quando acordo
- do transito que eh mais caotico que em Sao Paulo
- das pessoas que nunca sabem o melhor caminho para chegar a um lugar e muito menos a rua onde estao!
Do que eu sinto falta no Mexico...
- dos meus amigos
- de sentar em qualquer calcada, pedir uma cerveja e comentar uma asneira qualquer com as pessoas que amo
- da minha familia
- de ir em um shopping e encontrar alguem conhecido, mesmo que seja a distancia
- de rirem das minhas piadas ridiculas (aqui poucas pessoas as entendem)
- de beber e dancar ate me acabar (pisar e sambar em cima da jaca) pois sei que no Brasil alguem cuidara de mim...
- de conhecer quase todas as ruas da cidade e chegar a qualquer lugar sem depender de informacoes
- da minha cama
- do meu travesseiro
- do meu sofa
- da minha TV que nao tem todos os canais em espanhol
- dos meus dias de introspeccao, que aqui sao reduzidos a momentos
- dos treinos e jogos de handebol
- do meu pai
- das brigas entre o Fabio e a Dona Cleusa
- da minha mae...
Mas mesmo assim, penso em me "quedar" por aqui por muito tempo, pois estou adorando toda essa loucura de novas experiencias e emocoes, ate entao, tao desconhecidas para mim.
- da forma que o meu cabelo fica aqui... lisinho, lisinho
- das pessoas que encontrei e que aos poucos estou aprendendo a conquistar
- de entrar nas casas noturnas sem pagar
- dos (poucos) homens educados
- das praias do Pacifico (que conheci) e das do Atlantico (que ainda nem visitei, mas ja gosto)
- de que o metro va para quase todos os cantos da cidade
- do meu apartamento (que nem eh meu...)
- de ter sempre coisas pra fazer... testes, gente nova pra conhecer e lugares novos para visitar
- do povo bem caracteristico, de suas mulheres com suas trancas e saiotes e dos homens com seus grandes bigodes e chapeus.
Do que eu nao gosto no Mexico...
- da forma com que os homens nos importunam. Nao importa se eh numa rua financeira ou em frente de uma obra, voce sempre ouve um "fui-fui"
- do eterno cheiro de milho das tortilhas em qualquer esquina
- de nao comer arroz e feijao junto (aqui se come separado... saudades do arroz e feijao de mamae...)
- do meu nariz sangrando todo dia quando acordo
- do transito que eh mais caotico que em Sao Paulo
- das pessoas que nunca sabem o melhor caminho para chegar a um lugar e muito menos a rua onde estao!
Do que eu sinto falta no Mexico...
- dos meus amigos
- de sentar em qualquer calcada, pedir uma cerveja e comentar uma asneira qualquer com as pessoas que amo
- da minha familia
- de ir em um shopping e encontrar alguem conhecido, mesmo que seja a distancia
- de rirem das minhas piadas ridiculas (aqui poucas pessoas as entendem)
- de beber e dancar ate me acabar (pisar e sambar em cima da jaca) pois sei que no Brasil alguem cuidara de mim...
- de conhecer quase todas as ruas da cidade e chegar a qualquer lugar sem depender de informacoes
- da minha cama
- do meu travesseiro
- do meu sofa
- da minha TV que nao tem todos os canais em espanhol
- dos meus dias de introspeccao, que aqui sao reduzidos a momentos
- dos treinos e jogos de handebol
- do meu pai
- das brigas entre o Fabio e a Dona Cleusa
- da minha mae...
Mas mesmo assim, penso em me "quedar" por aqui por muito tempo, pois estou adorando toda essa loucura de novas experiencias e emocoes, ate entao, tao desconhecidas para mim.
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