Meu pai se casou apaixonado aos 22 anos, eu tenho 27 e não pretendo juntar as escovas de dente antes dos 30.
Ele ainda acredita que casamento só é possível se o casal se casar no calor da paixão, eu, depois de ver inúmeros enlaces enamorados ruírem, inclusive o dos meus pais, creio que um casamento só pode acontecer quando o casal tem certeza de que é aquilo que deseja.
Meu pai já me disse que sou tão emocionalmente racional que chegou ao ponto de acreditar que eu nunca iria me casar. Eu discordo, e acho que se eu casar um dia será porque eu realmente quero aquilo pra mim.
Mesmo diante de todo esse impasse de gerações e conflitos de posturas afetivas, meu pai não entendeu quando reapresentei* meu “avec”, hoje namorado, pra ele.
- E aí, vocês estão namorando?, indaga meu pai.
- Não, pai. Estamos num relacionamento fiel, estável e monogâmico.
- Mas isso não é namoro?
- Não! Ele ainda não me pediu em namoro...
Um ponto de interrogação tomou conta do rosto do meu pai e ele preferiu não perguntar mais sobre aquele relacionamento tão fora dos seus padrões apaixonados da realidade afetiva.
*reapresentei, pois o namorei na adolescência e, consequentemente, meu pai já o conhecia há, pelo menos, 10 anos.
Um comentário:
Olha... entendo... mas acho que isso não tem nada a ver com gerações... hehehehehehehehe
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