segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sete sentidos

Sou perceptiva; sou capaz de perceber e desfrutar de cada sensação primária.
Nascemos com os cinco sentidos e somos capazes de desenvolvê-los pouco a pouco,
E eu, no meu eterno exercício de cada vez sentir mais, os exercitei com esmero e plenitude.

Hoje reparo na poesia que é reparar no coelho empinado na lua,
Sentir que o frio da noite é maior que o da madrugada,
Escutar o vento sussurrar palavras doces no meu ouvido,
Se dar conta de que a cidade se perfuma para o momento em que passar,
E degustar o sabor da vida na nossa boca.

Mas nada se compara ao que você faz com os meus sentidos:
(Todos eles ficam mais a flor da pele)
Ver o coelho desenhado na lua tem uma cor mais brilhante,
Se arrepiar com a brisa quente da madrugada fria,
Ouvir você me falar palavras doces,
Aspirar o perfume do teu hálito
E sorver o sabor da tua boca.

Com você, chego até a acreditar que desenvolvi outros sentidos; além dos cinco convencionais do ser humano, exercitei a intuição, pra tentar adivinhar o que acontecerá de tantos sentidos concomitantes e até mesmo o sentido inominável, naquele onde nada tem sentido.

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