sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pensata

Começa a entardecer e ela precisa se refugiar. Esconde-se no meio do emaranhado de prédios desconhecidos e acende um cigarro. Seu refúgio são seus pensamentos, pensamentos estes que pairam pelo que ela mais questiona. Por quê? E começa a divagar...

Lembra de todos que foram um dia importantes para ela, daqueles que se importavam com ela, e até daqueles que nunca importaram tanta coisa.

Recorda de tantas elas-mesma que teve que ser para agradar e não ficar sozinha e chega a pensar que desde o momento que ela decidiu ser ela-mesma, está sozinha. Será que a autenticidade seria um empecilho para ela ter alguém que se importasse com ela?

Passam pela sua mente os momentos que marcaram sua vida, momentos estes proporcionados por tantos que ora fazem parte do seu cotidiano ora apenas das suas recordações.

Enaltece todos aqueles que fizeram parte da sua vida: desde aqueles que marcaram sua vida por anos, por meses, por dias, ou por horas, de diversas nacionalidades, de distintos trejeitos, de dúbias personalidades, de diferentes maneiras de ver a vida.

Com um trago ela deixa o passado e se recorda do presente, um presente cheio de desejos e aspirações, um presente repleto de propostas e promessas, mas sem nenhuma realização. Concentra-se naqueles que podem significar algum motivo de nostalgia futura, igual à que tem agora com outros do passado. Porém estes são tão iguais ou piores que aqueles que já marcaram sua vida; ou se importaram demais com ela, ou quase nada, ou nenhum pouco, os problemas nem sempre são os mesmos, mas impedem que façam dela uma mulher feliz.

Outro trago, agora ela não pensa em nada, apenas repara num círculo formado pela fumaça. Quem estaria pensando nela?

3 comentários:

Jan disse...

;)
Um abraço daqueles apertados e verdadeiros que só a gente sabe dar...

Te amo

Anônimo disse...

Filha espero que vc pare de fumar da mesma forma que começou!
Bjins.

André Henriques disse...

Minha amiga, sua autenticidade é tudo que você precisa.

Pode ter certeza que abaixo da linha do Equador, esse amigo, sempre pensa muito em ti.